ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Servir e dar a Vida!

“O Filho do Homem veio para servir e dar a vida por todos” (Mc 10,45)

Jesus propõe àqueles que querem ser grandes, que assumam a função de servidores daqueles que querem superar e que desçam até o mais baixo grau na escala social, até se fazerem escravos. O Mestre é o modelo deste ensinamento: Ele dá sua vida para redimir a humanidade.

EVANGELHO DE HOJE: Marcos 10,32-45

  • Jesus ensina, não pela coação de uma lei, mas pelo exemplo de sua própria vida. Sua autoridade não é exercida por imposição, mas pela atração do exemplo (ver “assim como” que introduz v.45);
  • Jesus reorienta o olhar dos discípulos para a radicalidade da paixão, momento cume de seu ministério e de sua revelação. Desta forma eles aprendem que a comunhão com Jesus, ou é total ou simplesmente não existe. Se ela é total, então inclui o caminho da cruz, da qual se derivam os princípios que determinam seu comportamento. Veja os vv.38.39 sobre o “cálice” e o “Batismo”;
  • Jesus revela que se, do ponto de vista externo, experimentou a cruz, como agressão do poder religioso e político que tentaram anulá-lo, do ponto de vista interno, a viveu ativamente como um serviço à vida (v.45 em relação com os vv.33-34);
  • Jesus indica a partir da palavra-chave “servir” (v.45), que o caminho do prestígio e da grandeza está no constituir-se “servidor” e “escravo” (vv.43-44). O posto mais alto é o mais baixo, só se é primeiro se, se ocupa o posto dos últimos. O discípulo é o que faz das necessidades dos demais o centro de suas preocupações. O centro não é ele mesmo, mas os outros;
  • Jesus revela o perfil do discípulo com tons que tem os termos. O “serviço” é o da mesa, que indica tudo que contribui a formação da comunidade (v.43). O “ser escravo” é um modo de enfatizar que o serviço é gratuito, não espera salário, se faz por ter um sentido profundo de pertença (v.44);
  • Jesus visualiza ainda a comunidade e assinala os destinatários do serviço. Não só os de dentro (o “vós” e o “vosso”, v.43), mas também os de fora. No serviço cristão não há fronteiras (o “de todos” do v.44, que faz eco ao “muitos” do v.45). Mas é verdade ainda que o amor ao próximo não pode ser substituído pelo serviço aos que estão longe (tentação do ser “luz na rua” e “treva em casa”);
  • Enfim, Jesus e os que lhe seguem estreitamente, vão, profeticamente, na contramão dos interesses econômicos e políticos de toda sociedade, cuja ética do poder exclui, marginaliza, mata ou nega a pessoa. No ouvido fica ressoando a frase: Entre vocês não deve ser assim (v.43).

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