ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Deus é o centro do amor conjugal

Mateus 19,3-12

São Pedro Crísólogo (c.406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja 

«É grande este mistério» (Ef 5,32)

Ante o Senhor, a mulher é inseparável do homem e vice-versa, diz o apóstolo Paulo (1 Cor 11,11).

Através do Evangelho, o homem e a mulher caminham em conjunto para o Reino.

Cristo chama conjuntamente, sem os separar, homem e mulher, que Deus une e a natureza junta, fazendo-os, por uma admirável conformidade, partilhar os mesmos gestos e mesmas funções.

Pelo laço do matrimónio, Deus faz com que dois seres não sejam senão um, e que um só ser seja dois, de modo que assim descubra um outro de si, sem perder a sua personalidade, nem se confundir no casal.

Mas, por que nas imagens que nos dá do Seu Reino, Deus faz intervir deste modo o homem e a mulher?

Porque sugere Ele tanta grandeza através de exemplos que podem parecer fracos e despropositados?

Irmãos, um mistério precioso esconde-se debaixo desta pobreza.

Segundo a palavra de São Paulo, «É grande este mistério, pois que é o de Cristo e Sua Igreja» (Ef 5,32).

Isto evoca o maior projeto da humanidade. O homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, um processo que se arrastava há séculos.

Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos da árvore do conhecimento do bem e do mal para o fogo do fermento da Boa Nova.

Esses olhos que a árvore da tentação fechara à verdade, abrindo-os à ilusão do mal, a luz da Boa Nova abre-os fechando-os. Essas bocas tornadas doentes pelo fruto da árvore envenenada são salvas pelo sabor…

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