ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A oração do Pai Nosso
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A Palavra “Nosso” nos faz reconhecer que, é na paternidade de Deus onde se fundamenta nossa fraternidade, somos irmãos, filhos amados do Pai, todos viemos da mesma fonte! Nos sete pedidos do Pai-Nosso, Jesus nos ensina a pedir ao Pai o que Ele quer nos dar.
Os três primeiros pedidos
- Santificado seja teu Nome: Que o Pai seja reconhecido como Deus por todos;
- Venha teu Reino: Que ao reconhecer-nos como filhos de Deus, nós possamos viver a justiça, a
igualdade e a solidariedade; o Reino do Pai é a fraternidade de seus filhos;
- Faça-se tua Vontade: que se realize seu projeto eterno sobre cada um de nós, reproduzindo em
todos à imagem de seu Filho (Rm 8,28)
Com estas petições, Jesus ensina que a oração, é sair de si mesmo, e entrar em sintonia com o coração do Pai, para querer o que Ele quer de nós, porque sabemos que o Pai nos ama e nos quer felizes.
Os outros quatro pedidos
Os quatro pedidos seguintes nos fazem olhar o Pai, como o doador de todo bem, que cuida e se compadece de seus filhos.
- “Dá-nos hoje o pão de cada dia”: confiados no Pai, Deus dá vida, pedimos o pão, as possibilidades de trabalho, de sustento, com as quais segue recriando nossa vida. Pedimos também o Pão do céu, Jesus Eucaristia, alimento que perdura e não nos deixará morrer jamais;
- “Perdoa-nos, como nós perdoamos aos que nos ofendem”: Com esta súplica, Jesus quer ajudar a manter viva a consciência que, somos pecadores, mas n’Ele e por Ele, podemos esperar confiantes a misericórdia do Pai; a sã consciência de nosso pecado, nos situa na humildade e nos faz abertos, tolerantes e compreensivos uns aos outros, dispostos ao perdão e à misericórdia. Por isso, para Jesus Cristo, é obvio que quando suplicamos o perdão do Pai, já nos temos perdoado entre nós.
- “Não nos deixeis cair em tentação”: Jesus nos situa na humildade de coração, que nos retira de nossa autossuficiência e nos faz depender confiadamente da misericórdia;
- “e livra-nos do mal”: e nos faz depender confiadamente, também, do poder do Pai, que em Jesus, já nos livrou do pecado e das forças do mal;
Estas petições estão marcadas por um profundo sentido de solidariedade e de fraternidade, que agrada ao Pai e lhe permite ver e escutar, em nós, a oração de Jesus, seu Filho amado. O Pai-nosso identifica nossos sentimentos com os de Jesus, nos faz partícipes de sua identidade, oramos n’ Ele, por Ele e como Ele.