ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Jesus toca no leproso
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Marcos 1,40-45
“No mesmo instante lhe desapareceu a lepra”
Entre todos os que se aproximavam de Jesus aparece um leproso… Esta introdução já obrigaria a qualquer israelita fiel a retroceder e a afastar-se dessa pessoa. Esta é a cena que nos apresenta o Evangelho de hoje.
Um leproso era sempre uma pessoa excluída da sociedade. Uma pessoa, ante a qual, a prudência sugeria não aproximar-se por medo de ficar impuro, pois segundo as tradições judias, sua lepra era a lógica consequência de um pecado.
Aproximar-se dele e, mais ainda, tocá-lo, era fazer-se partícipe de seu mesmo pecado. Por isso é melhor estar a certa distância. Era por isso, também, que o mesmo leproso, com um sino, ia gritando “impuro, impuro”, avisando a todos os que iam pelo mesmo caminho que se afastassem a fim de não vir a contaminar-se.
O leproso suplica a Jesus que “se queres pode limpar-me”
Não podemos deixar passar despercebido um gesto insólito de Jesus para com o leproso: “O tocou”.
Isto não se podia fazer e, muito menos, com um leproso, pois, automaticamente, a pessoa que o fazia ficava impura. Aqui aconteceu o contrário, Jesus não ficou impuro foi o leproso que ficou puro.