ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A mulher adúltera
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“Também eu não te condeno. Vai, e de hoje em diante não peques mais”
Iniciamos, hoje, a quinta semana de Quaresma, acompanhados, ainda, pelo discípulo amado (Jo 8,1-11).
hoje vamos deixar que Santo Ambrósio interprete para nós:
Os escribas e os fariseus haviam levado a Jesus uma adúltera como cilada: se a absolvesse pareceria não ter em conta a Lei; si, ao contrário, a condenasse, haveria traído sua missão, já que veio para perdoar os pecados de todos. Por isso a apresentam dizendo: Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Mas, Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar a mulheres como estas. Tu que dizes a respeito?… Enquanto assim diziam, Jesus inclinou a cabeça e se pôs escrever no solo com o dedo. E como esperavam sua resposta, levantando a cabeça disse: “Quem dentre vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro em apedrejá-la…” Haverá sentença mais divina que esta: que só possa punir os pecados quem estiver sem pecado? Como poderia suportar que castigue os pecados dos outros quem defende os seus? Não se condena por si mesmo quem condena, nos outros, o que ele mesmo comete? […] Admira os divinos mistérios e a clemência de Cristo. Quando a mulher é acusada, Jesus inclina a cabeça, mas a ergue ao desaparecer o acusador. De fato, ele não quer condenar a ninguém, mas absolver a todos. Que significa então “Vai e não tornes a pecar”? Isto: “Já que Cristo te redimiu, corrija, em ti, a graça, o que a pena não poderia emendar, mas somente contorna”.