“Vossa alegria, ninguém pode tirar” (EFC)

João 16,20-23ª

 Jesus compara sua Páscoa com um parto: “A mulher, quando vai dar a luz, está triste, porque a sua hora chegou; porém, quando deu a luz ao menino, já não se recorda do aperto pelo gozo de haver nascido um homem no mundo” (v.21)

A angústia do nascimento pode fazer pensar que não se vai sobreviver, que tudo chegou só até ai. Porém, depois que nasce o bebê, o rosto da mãe se transforma completamente, não há nada mais formoso no mundo que o rosto de uma mãe feliz, cheia de paz, de gozo, também, ainda, de glória, depois dos trabalhos do parto.

É assim que a dor e a aflição passaram: como uma mulher quando tem um parto. A dor dará passagem a uma grande alegria e esta alegria não se acabará, nem poderá ser arrebatada, mas permanecerá. A morte de Jesus será um passo. Com a ressurreição entrará na vida definitiva. Então todos os que vivem sustentam com Jesus a bela amizade descrita em Jo 15, terão imenso júbilo e bem aventurança.

A promessa de Jesus sobre a qual se fundamenta sua comunidade pós-pascal é a de uma alegria sem comparação, uma alegria nunca antes experimentada, uma alegria que tem três características:

  • É produzida pelo encontro vivo com Jesus ressuscitado: voltarei a vê-los;
  • É uma alegria profunda, não superficial, é uma alegria que vem de dentro, da raiz da existência, uma alegria de coração: “vosso coração se alegrará”;
  • E uma alegria permanente: “e vossa alegria ninguém a poderá tirar”. Não é uma alegria de um ou dois dias, ou enquanto dura a emoção. Não. É uma alegria que não se acaba nunca, que não passa, que nos acompanha até o final: a bem aventurança presente que se confundirá com a alegria do céu.

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