ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A poderosa oração dos pais

 Hoje contemplamos a fé valente duma mulher felicitada por Jesus e a quem conhecemos como “a cananeia”. Mateus prefere chamá-la “cananeia” e não “siro-fenícia”, como faz o evangelista Marcos, talvez para fazer-nos sentir mais a grandeza de sua confissão de fé: de um cananeu não se esperaria tanto. De fato, o povo cananeu é recordado, continuamente, no mundo do Antigo Testamento, como um povo estranho e idólatra.

O grito de fé da cananeia nos põe em contato com uma realidade profundamente humana: Que não faria uma mãe de família para conseguir que sua filha seja curada e salva? Esta mãe de família, apresentada como uma das mulheres fortes do Evangelho nos ensina seu próprio caminho de fé através da rota da oração que passa por diversos tropeços. Notemos:

A mulher ora de longe: A mulher vai gritando atrás do grupo que acompanha Jesus. Em seu grito vê-se sua agitação interna, sua confusão, seu sofrimento. 

A mulher ora perto: Agora a mulher aparece frente a Jesus, a quem já pode abordar diretamente. A impressão que se tem é que ela não escutou o diálogo anterior de Jesus com os discípulos, pois irrompe, de repente, com sua súplica, que, desta vez, aparece mais rica e profunda: “Prostra-se” em adoração (recorda-nos o gesto das mulheres na manhã da páscoa (28,9.17).

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