E do seu CORAÇÃO saiu SANGUE e ÁGUA (EFC)

A melhor representação do Coração de Jesus é o Senhor crucificado, deixando sair do seu lado, aberto pela lança, o sangue e a água, figura dos sacramentos da Igreja, aí, nesse momento, nascida como Eva nascera do lado de Adão adormecido.

Jo 19,31-37 – SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. No Calvário o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (cf. João 19,34). Diz a Liturgia que “aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrentes de graças e de misericórdia”. Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus, e seu Coração é o símbolo desse Amor. Por isso, encerrando uma conjunto de grandes Festas (Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi), a liturgia nos leva a contemplar o Coração de Jesus.

Vamos a um episódio muito lindo da vida de nosso baluarte sobre a atitude de reparar a indiferença ao Sagrado Coração.

São Francisco de Assis, frequentemente passava noites inteiras em oração. A lembrança do crucificado queimava-o como fogo. Então começava a chorar e não se importava que os outros o vissem chorar.

            Um certo dia em que os irmãos saíram para suas tarefas, Francisco ficou em casa. Nesse dia não comeu nem bebeu nada, nem um gole de água. Passou o dia acocorado no chão pensando e sentindo a Paixão do Senhor. Lá pelas três da tarde não agüentou e começou a chorar. Chorava desconsoladamente.

            Começou a andar pelo bosque chorando e gemendo. Topou com um camponês e não se calou, continuou chorando. O camponês perguntou: “Que aconteceu irmão, porque choras?” E Francisco respondeu: “Meu irmão, o meu Senhor está na cruz e me perguntas porque choro? Quisera ser neste momento o maior oceano da terra, para ter tudo isso de lágrimas. Pois mesmo que juntássemos todos os rios e mares, não haverá lágrimas suficientes para chorar a dor e o amor de meu Senhor crucificado. Quisera Ter as asas invencíveis de uma águia para atravessar a cordilheiras e gritar sobre as cidades:  ‘O AMOR NÃO É AMADO! O AMOR NÃO É AMADO!’. Como é que os homens podem amar uns aos outros se não amam o amor?”.

            O camponês também não aguentou e começou a chorar.

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