ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A alegoria da vinha
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Mateus 21,33-43.45-46
A alegoria começa fazendo-nos observar os cuidados que o proprietário tem para com a vinha (Is 5,1-7). Logo a arrenda e se vai.
O proprietário que cuida da vinha com tanto amor, dedicação e ternura é Deus: “que mais poderia ter feito por sua vinha, que não o tenha feito” (Is 5,4). A vinha é o povo escolhido, Israel (Is 5,1), a igreja, nós hoje. Os servos, que o dono da vinha envia a recolher seus frutos são os profetas, que Deus enviou e segue enviando a seu povo em crescente qualidade e número. E finalmente o filho violentamente assassinado para roubar-lhe a herança é Jesus o filho amado, que morre fora da cidade, como um malfeitor carregando sobre si os pecados de seu povo para deixar-nos a herança bendita em sua filiação divina.
O pai, Deus da vida cuida, protege, oferece gratuitamente possibilidades de vida e plenitude; confia sem reservas deixando em nossas mãos a administração de seus dons e logo marcha para deixar-nos a liberdade de agir como Ele nos tem ensinado (33.);
Os vinhadores, o povo de Israel, nós por si mesmos somos capazes somente de maltratar, destruir e matar buscando cobiçosamente ficar com a herança. A morte do filho eleva ao máximo nossa crueldade humana, porém também eleva ao máximo a infinita compaixão de Deus.
Jesus, o filho assassinado fora da cidade, é a pedra angular que nos oferece gratuitamente sua herança revestindo-nos de sua mesma vida; na cruz Ele venceu o nosso ódio e fez brotar o amor; de nossa miséria fez brotar torrentes de misericórdia.