ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A apresentação do menino Jesus no templo
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- A família vai unida ao Templo para agradecer o dom da vida (2,22-35).
Lucas nos apresenta em um só relato a purificação da Mãe, Maria, e a apresentação de Jesus como filho primogênito. O texto dá maior realce à ação de graças e consagração do menino a Deus por seus pais. A santa família que entra ao templo tem três características:
- É uma família piedosa: a Lei do Senhor é sua norma de vida: A família de Nazaré compreende seu projeto familiar à luz da Palavra de Deus. Notemos a ênfase no texto: três vezes se repete “segundo a lei” (2,22.23.24 e logo uma vez mais em 2,39). Assim, a sagrada família é apresentada como uma família fortemente aderida a Deus e fiel cumpridora da lei.
- É uma família pobre: a oferenda das rolinhas: O ritual que menciona o Evangelho consistia essencialmente em fazer uma oferenda no Templo. Com relação ao conteúdo da oferenda, Lucas nos dá a entender que Maria e José estão no direito dos pobres. Visto que têm poucos recursos apresentam a oferenda que faziam os que tinham menos posse: “um par de rolas ou dois pombinhos”. Com este detalhe lucano, o Evangelho continua desenhando o retrato da pobreza de Jesus e de seus pais que começou a iniciar-se na noite do nascimento.
- É uma família que agradece o dom da vida: o filho é uma dádiva de Deus: A razão de ser da oferenda é simbolizar a entrega definitiva do filho a Deus, pois, segundo a lei, todo primogênito pertence a Deus. Mas Jesus desde sempre pertencia a Deus de um modo único, especial, portanto a sagrada família se compreende a luz do mistério de Deus que está por ser revelado. Isto vai se confirmar na profecia inspirada que escutaremos em seguida: Jesus, como consagrado ao Senhor, é salvação e glória de Israel e luz para todos os povos. Por isso o cântico de Simeão e as aclamações de Ana são como uma liturgia de entrada deste ritual de consagração de Jesus a Deus.