ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Apresentação do Senhor.
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Lucas 2,22-40
Há quarenta dias celebramos o Natal. Segundo Lucas, 40 dias depois Jesus foi levado a Jerusalém, ao Templo. Ali duas figuras proféticas, Simeão e Ana, reconhecem a este menino de apenas um mês e dez dias de nascido como o Messias e o autor da Salvação. A cerimônia das velas com a qual hoje abre a liturgia nos põe frente à mensagem fundamental que está recolhida na oração de Simeão: “Meus olhos viram tua salvação… luz para iluminar aos gentis e glória de teu povo Israel” (Lc 2,30.32).
Uma consagração especial: Por que o filho primogênito é consagrado a Deus? Porque tudo e todos pertencem ao Deus criador, de quem provém à vida. O filho é um dom de Deus. Nos rituais do Antigo Testamento, o “sacrifício” de animais tem como finalidade simbolizar a restituição a Deus do que previamente se tem recebido dele. Com muita precisão a Lei prescreve que os primogênitos dos animais devem ser oferecidos em sacrifício, ao contrário os meninos primogênitos se resgatam com dinheiro (ver Nm 18,15-17). Chama a atenção em nosso texto que não se diz que Jesus tenha sido resgatado, mas “apresentado”, quer dizer, “consagrado” ao Senhor.
Pelas mãos de sua mãe: Jesus é introduzido solenemente no lugar que lhe é próprio: o Templo, sinal da presença de Deus no meio de seu povo. Jesus está na casa de seu Pai (ver 2,49). Ali Jesus se dá a seu Pai, mas pelas mãos oferentes de sua mãe. É O DEUS DO TEMPLO, NO TEMPLO DE DEUS!