As Palavras de Jesus na cruz. (EFC)
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Dentro do tempo do sofrimento de Jesus, destacamos suas últimas palavras proferidas na Cruz. A Igreja guarda estas Palavras e sempre as medita, principalmente na sexta feira da Paixão
1. “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Com essas palavras Jesus selava todo o seu ensinamento sobre a necessidade de “perdoar até os inimigos” (Mt 5,44).
2. “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). Com essas palavras de perdão e amor ao “bom” ladrão, Jesus nos mostra o oceano ilimitado de sua misericórdia. Bastou Dimas confiar no Coração Misericordioso do Senhor, para ter-lhe abertas, de imediato, as portas do Céu.
3. “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46; Sl 21). Aqui vemos todo o aniquilamento do
Senhor. É aquilo que São Paulo exprimiu muito bem aos filipenses: “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fil 2,8). Jesus sofreu todo o aniquilamento possível de se imaginar: moral, psicológico, afetivo, físico, espiritual, enfim, como disse o profeta: “foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades…” (Is 53,5).
4. “Mulher, eis aí o teu filho”… “Filho, eis aí tua Mãe” (Jo19,26).
Tendo entregado-se todo pela nossa salvação, já prestes a morrer, Jesus ainda nos quis deixar o que Ele tinha de mais precioso nesta vida, a sua querida Mãe. E como Jesus confiava nela! A tal ponto de querê-la para nossa Mãe também. Todos aqueles que se esquecem de Maria, ou, pior ainda, a rejeitam, esquecem e rejeitam também a Jesus, pois negam receber de Suas mãos, na hora suprema da Morte, o seu maior Presente para nós.
5. “Tenho sede!” (Jo 19,28). Dizem os Santos Padres da Igreja que esta “sede” do Senhor mais do que sede de água, é “sede de almas a serem salvas”, com o seu próprio Sacrifício que se consumava naquela hora. E esta “sede” de Jesus continua hoje, mais forte do que nunca.
6. “Tudo está consumado” (Jo 19,30).
Diz-nos São João: “sabendo Jesus que tudo estava consumado…”. Enquanto tudo não estava cumprido, Ele não “entregou” o Seu espírito ao Pai. A nossa salvação depende agora de nós, porque a parte de Deus já foi perfeitamente cumprida até às últimas consequências. Ninguém mais poderá dizer que lhe falta o auxílio da graça de Deus, pois ela está agora a nosso dispor. Pelos méritos de Cristo morto na Cruz, a salvação está disponível a todos. E de graça. “O pecado já não vos dominará” (Rom 6,14), disse São Paulo. Agora já podemos ser livres dele. “De agora em diante, pois, já não há condenação alguma para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte” (Rm 8,1). “É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao julgo da escravidão” (Gl 5,1).
7. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).
Confiando plenamente no Pai, Jesus volta para Aquele que tanto amava. É o seu destino, o coração do Pai; e é o nosso destino também. Ao voltar para o Pai, Jesus indica o nosso fim; o seio do Pai, o Céu. O Céu sempre foi a grande atração dos santos durante toda vida. “Vós sois cidadãos do Céu” (Fil 3,20), grita o Apóstolo; por isso, como diz a Liturgia, é preciso “caminhar entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.