“E o verbo se fez carne e habitou entre nós.” (EFC)
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A Palavra de Deus segundo o itinerário bíblico do Advento foi abundante. Ao chegar o tempo festivo do Natal que com tanto cuidado temos preparado, dizemos: “A Palavra se fez Carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14).
Este é o cume de tudo o que temos lido, meditado, orado, contemplado e vivido ao longo do caminho que a liturgia da Igreja nos fez buscar através de belas páginas da Sagrada Escritura. Contemplando ao recém nascido, Palavra de Deus vivente, experimentamos um repouso oracional, o que nos fala é seu rosto.
Deixemos que o mistério de um Deus que se manifesta na encarnação de Jesus, no rosto de um homem como nós, começando pela fragilidade da infância, coloque nosso olhar contemplativo sobre o amplio horizonte dos braços abertos de um Deus amoroso que vem pressuroso ao nosso encontro.
O Altíssimo se fez baixíssimo, o invisível se fez visível, para pôr-se ao nosso lado e para tratar conosco, e neste diálogo de amor conduzir-nos pelo caminho que leva ao Pai.
Deus quis habitar no meio de nós em Jesus! Ele abre seus braços na manjedoura, assim como na cruz para nos salvar. Qual presente devemos dar a este menino?
“Ninguém jamais viu a Deus: o Filho unigênito, que está no seio do Pai, Este O deu a conhecer” (Jo 1,18).
São João da Cruz, profundamente admirado ante esta realidade, com sua mão poética a expressa assim: “Deus ficou como mudo e não tem mais o que falar, porque o que falava antes em partes aos profetas, n’Ele já falou tudo, dando-nos ao Tudo, que é seu Filho”.
São João da Cruz se imagina, então, um diálogo com Deus, no qual Ele nos falaria assim:
“Se te tenho já falado todas as coisas em minha Palavra, que é meu Filho, e não tenho outra, que te posso agora responder ou revelar que seja mais que isso? Ponho os olhos só n’Ele, porque n’Ele tenho dito e revelado tudo, e falarás n’Ele ainda mais do que pedes e desejas” (Subida ao Monte Carmelo).
Desejamos a todos, um FELIZ NATAL!