ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: “Não se perturbe o vosso coração”

Não se perturbe vosso coração” (14,1): O termo “perturbação” é eloquente. Para entendê-lo relembremos a passagem da morte e ressurreição de Lázaro, onde se diz que diante da tumba de seu amigo querido, Jesus “se comoveu interiormente, se perturbou” (11,33) e, em seguida, chorou.

Esta perturbação é a sensação prévia às lágrimas, é uma comoção profunda, é um abalo no espírito, por isso se diz “do coração”. É uma sensação mórbida, desoladora.  É isso que sentimos com a partida dos seres que amamos. “Crede em Deus, crede também em mim” (14,1b): Seguir vivendo sem o amado é como morrer. 

Diante desse sentir-se sem apoio, Jesus os oferece um ponto de segurança: não será visto mais fisicamente, por isso dá uma pista importante: assim como Deus não é visível aos olhos mortais, também Ele não será. Em outras palavras, assim como alguém crê em Deus a quem não vê, assim também deve crer nele enquanto Senhor ressuscitado. Jesus e o Pai estão no mesmo nível.

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