ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: orar com confiança e perseverança

Mateus 9,18-26

Os capítulos 8 e 9 de Mateus, em uma seção de dez milagres bem narrados, apresentam-nos uma série de encontros de Jesus com diversas pessoas necessitadas que se abrem à novidade do Reino.

Hoje lemos sobre a mulher com fluxo de sangue há doze anos e uma menina de doze anos. O rosto da opressão está em duas pessoas que trazem algo em comum. Vejamos:

  • O número “doze” as põe em relação: doze anos de vida e doze anos de sofrimento;
  • As duas são mulheres: uma é adulta e a outra é jovem;
  • As duas é negada a possibilidade da vida: uma por sua enfermidade que a faz estéril e a outra porque morre justo quando podia começar a gerar vida (idade na qual se faz adulta);
  • Ambas fazem a experiência da morte: uma está prestes a morrer, enquanto a outra já é flor cortada em seu casulo.
  • Nenhuma das duas pode ser tocada, estão em situação de impureza legal.

Jesus somente viu a fé do pai que crer que, com a imposição de suas mãos, sua filha viverá e seguirá adiante, apesar das multidões (9,23), pois ele conta com a fé do pai. A misericórdia de Jesus não tem fronteiras: o que conta é a fé da pessoa necessitada.

A mulher, por sua vez, está convencida que só o tocar o manto de Jesus será “curada”. Sua declaração de fé, no segredo do pensamento, a conhece Jesus, que a traz à luz: “Ânimo, filha, tua fé te salvou” (9,22a). O grito de fé da mulher é arrancado de sua prisão pela voz de Jesus. E é salva a partir desse exato momento (9,22b). Duas mulheres reconduzidas à vida encontram sua esperança em Jesus. Não ficaram defraudadas. Estas mulheres se tornam, no Evangelho, sinal da vida que traz o Reino de Deus.

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