ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Pena ou compaixão?
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Mateus 9,32-38
“Ao ver a multidão, sentiu compaixão, porque estavam como ovelhas sem pastor”
Surge ante nosso olhar surpreso de leitor o panorama trágico que sacode as entranhas de Jesus: “Sentiu compaixão” (9,36b). Que estava impregnado na retina de Jesus? Uma multidão “ferida” e “desamparada”, uma imensidão de feridos espalhados num campo de batalha, sem assistência. Jesus percebe a gravidade da situação.
Jesus se apresenta como um bom pastor que “vê”, “sente compaixão” e empreende uma ação: o envio de missionários. A tarefa é reunir, curar e reconduzir o povo de Deus disperso pela inércia de seus líderes. Estes, levados por uma visão rígida da Lei, eram os verdadeiros causadores do mal estado em que se encontrava o povo de Deus, já que estes praticavam injustiças, roubavam o que era de todos, inclusive suas consciências de filhos de Deus.
Urge a missão profética e restauradora que anuncia a “justiça do Reino”, proclamada no Sermão da Montanha, com os critérios da misericórdia que acompanharam os milagres Jesus.