ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Perdoar sempre, porque sempre fui perdoado
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Nenhum de nós é perfeito, todos temos nossas debilidades, e com relação a nosso lado fraco, muito provavelmente mais de uma vez outros tiveram misericórdia conosco.
São João Crisóstomo (c.345-407), bispo de Antioquia e Constantinopla, doutor da Igreja
«Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»
Cristo pede-nos, pois, duas coisas: que condenemos os nossos pecados, que perdoemos os dos outros; que façamos a primeira coisa por causa da segunda, a qual nos será então mais fácil, pois aquele que pensa nos seus próprios pecados será menos severo para com seu companheiro de miséria.
E devemos perdoar não por palavras apenas, mas «do fundo do coração», para que contra nós não se vire o ferro com que pensamos bater nos outros.
Que mal te pode fazer o teu inimigo, que seja comparável àquele que a ti próprio fazes? […]
Se te deixas chegar à indignação e à cólera, serás ferido não pela injúria que ele fez contra ti, mas por esse teu ressentimento.
Portanto não digas: «Ele ultrajou-me, caluniou-me, fez-me coisas miseráveis.»
Quanto mais disseres que te fez mal, mais mostras, afinal, que te fez bem, pois deu-te ocasião para te purificares dos pecados.
Assim, quanto mais ele te ofender, mais te põe em estado de obteres de Deus o perdão para as tuas faltas.
Porque, se nós quisermos, ninguém nos poderá prejudicar; e até os nossos inimigos nos prestarão assim um grande serviço […]
Considera portanto a vantagem que retiras das injúrias, se as sofreres com humildade e mansidão.