Morre a mulher que salvou mais de 22 mil vidas
Depois de uma doença breve e fulminante, Paola Bonzi, mãe e avó italiana, de 76 anos, que fundou os Centros de Ajuda à Vida, em 1984, em Milão, e que desde então salvou as vidas de 22.633 crianças em risco de aborto, morreu na tarde desta sexta-feira, 9 de agosto, em Brindisi, onde estava de férias com o marido
Nascida em 1943, na cidade italiana de Mantovano, sempre morou em Milão, para onde sua família se mudou. Cega desde os 23 anos, formou-se em educação e magistério e se especializou em educação de crianças com deficiências. Depois, formou-se também em consultoria familiar e em ciências religiosas.
No entanto, em 1978, entrou em vigor na Itália a lei do aborto, o que a levou a trabalhar pelas mulheres grávidas e pelos nascituros. Foi assim que surgiu o primeiro Centro de Ajuda à Vida, em 1984, com sede em um hospital, a Clínica Mangiagalli, e depois vieram outros.
Junto aos Centros, formou-se uma extensa rede de voluntários que, no início, com muitas dificuldades, conseguiu resgatar muitas crianças e suas mães do aborto.
Em uma nota por ocasião do falecimento, a presidente dos Centros de Ajuda à Vida, Marina Casini Bandini, definiu Paola Bonzi como uma mulher “corajosa, cortês, empreendedora, doce, tenaz, apaixonada e sempre pronta para, ela mesma, acolher as mães tentadas pelo aborto por causa de uma gravidez difícil e inesperada”.
“Fazia entrar em uma dimensão calorosa e humana – feita de escuta, empatia, confiança, esperança, apoio, acolhida – as mulheres a quem o frio da indiferença e a cultura envenenada empurravam para renunciar a dar à luz o seu próprio filho”.
Também ressaltou que Paola Bonzi “repetia sempre que as crianças nasciam graças a suas mães, porque no coração da mulher reside o sim à vida”.
Finalmente, também lembrou o perfil da rede social Facebook no qual Paola Bonzi compartilhava as histórias das crianças que tinham sido salvas do aborto nos Centros de Ajuda à Vida. Sua última mensagem foi “a vida é amor. Permaneçamos juntos, continuando a pensar em nossa missão, construindo assim o futuro”.