O que pedimos a Deus? (EFC)
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(Mc 8,11-13)
O Senhor “suspira” irritadamente, quando pedimos pela ruína do outro. Nossa oração deve sempre pedir pelo bem do nosso irmão.
Os religiosos da época tentaram usar muitas armadilhas para fazer Jesus cair. A armadilha deste texto bíblico era nada menos que pressioná-lo a realizar um sinal extraordinário, algo que para eles viesse diretamente do céu. Não lhes bastavam os sinais recentes realizados por Ele: as duas curas nem a multiplicação dos pães. Queriam ainda mais.
Desta vez o evangelho nos descreve a fundo o que sentiu Jesus nesse momento. Uma dor profunda, como nos diz o texto: “Dando um profundo gemido do íntimo de seu ser” (v.12). Como quem diz: “Isto chegou até a alma de Jesus”.
Aqui termina o relato e diz que Jesus os deixou e se foi à margem oposta, quase como para dizer-nos que para crer nele é necessário fazer exatamente todo o contrário do que faziam os fariseus. Não só não pedir sinais, mas saber penetrar nos inumeráveis sinais que no dia-a-dia Deus mesmo nos dá.
Jesus não atende pedidos feitos para testa-lo. Ele obedece ao Pai e não aos nossos caprichos. Muitas vezes nossas orações são carregadas de inveja, cobiça e orgulho. Chegamos a petulância de pedir pela ruína do outro: “Eu tenho fé em Deus de ‘fulano’ vai pagar”. Seja o que ele tenha feito, essa oração jamais será atendida. O Senhor não escuta este tipo de oração, como não atendeu o pedido absurdo dos fariseus: “Nós queremos uma sinal”.