PALESTRA: A vida é feita de escolhas
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Palestra da Luisa no Acampamento PVN 2018
A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS.
-O Senhor me deu uma visão…
Eu vi no dia em que João Paulo II estava em seus momentos finais eu recordei a hora em que a Praça de São Pedro lotada e muitos fiéis em vigília, noite após noites, sem descanso, ao relento esperando pela morte do Papa. Todos sabíamos que ele não iria sobreviver. O povo esperando sua morte e quando, já sem forças, alguém abre aquela janela e leva o Papa até lá e ele fala algo que ninguém entende porque sua voz já não era mais nítida – aí eu entendo o que acontece com os processos cognitivos que afeta tudo, ele pensa mas a voz não sai, já com uma deficiência na fala – o que ele diz é inaudível, porém sua voz vai direto ao coração. A praça inteira da um grito, dá um berro e é uma coisa linda! E foi justamente isso que eu vi: um homem desfalecido, acabado, sem voz, mas com uma força tão imensa capaz de motivar uma multidão já cansada e fatigada de dias de espera. Foi o que contemplei nessa visão.
Eu fiquei muito emocionada porque só pode ser coisa de Deus, porque não tem nenhuma razão para que eu possa ver isso aqui. Já fiz a minha psicanálise selvagem mas não consegui ligar pontos a isso.
A outra visão, me deu medo. Eu vi um caixão enorme. Um lugar que era uma sala de velório. Na primeira visão eu fiquei muito feliz mas, na outra me abateu uma tristeza muito grande e eu fiquei quase que sem ar aqui e achei que ia desmaiar. O que foi que me veio ao pensamento: “morreu alguém da minha família agora. Pense isso”. Aí veio um monte de coisas na minha cabeça e eu fiquei meio confusa. Comecei a respirar… então comecei a pedir a Deus a clareza daquela visão que estava tendo. Como chamamos na psicologia, um insignt. Porque um caixão? Porque? Porque é um lugar onde se fala de vida mais que qualquer outro, nos velórios. Nas missas de corpo presente, é lá onde se fala de vida mais que qualquer coisa. Quando a gente perde uma pessoa uma pessoa que amamos, passa um filme na nossa cabeça, da vida da pessoa. E se for uma pessoa mais próxima e quando o corpo está na sala de velório, passa toda a história de vida daquela pessoa em sua cabeça, ou pelo menos aquilo que você conhecia da vida da pessoa: “como eu queria de abraçado meu pai, beijado meu pai. Eu poderia ter sido um filho melhor…” Se for uma mãe: “será que ela morreu por causa do que eu disse ou sofrimento que eu lhe causei…” Se for um amigo: “porque que eu não fiz alguma coisa, porque que eu não cheguei antes…” ficou um monte de coisas em nosso coração que gostaríamos de ter dito ou feito. E tudo isso não é relativo a morte. Nesta hora o que pensamos é sobre a vida da pessoa e a nossa vida. Então no momento em que está um caixão estendido a nossa frente fazemos uma reflexão profundíssima sobre a vida. E alguns ainda entram numa paranoia: “será que serei o próximo? Será que vou morrer? Ele está morto… e eu estivesse naquele carro? O que é que estou fazendo com a minha vida?”
Me veio ainda outra coisa. A pouco, o Magela falou: “-quem é que está aqui muito cansado querendo dormir? Podem ir.” Alguns levaram os braços outros pouco foram. Entendemos que temos uma limitação humana e tem horas que não dá e precisamos descansar. Tem gente que tem resistência ao sono e tem gente que não tem. Eu conseguia pular os quatro dias de carnaval dormindo apenas uma hora por noite. Todo mundo percebia que eu estava morta, mas eu estava lá. Porque para mim aquilo fazia todo sentido e eu não queria que acabasse. Então eu ultrapassava, pela força da vida, de viver o momento, tudo o que pudesse acontecer ali. Era bem mais forte. Então alguns aqui disseram a si mesmo eu vou conseguir vencer esse sono que parece mas não é mais forte do que eu e resolveu ficar aqui. Então eu pensei: “eu vou dar uma pregação para um monte de gente que está só de corpo presente.” Ou seja, o mesmo que acontece num velório. Estão só de corpo presente e eu vou falar sobre vida. Eu não sei se os mortos escutam. Eu sei que Deus escuta. E sei que Deus é pai dos vivos e dos mortos. A única certeza que eu tenho é essa.
Então quando o caixão está estendo, a gente faz toda essa reflexão sobre a vida. Mas o que é vida?
Resposta dos jovens: vida é movimento. Oportunidade única. Renascer todos os dias. É ação.
Como queremos algo que não sabemos o que é? A gente quer viver… mas o que é vida? Samuel respondeu aqui dizendo que vida é movimento e vale lembrar um grande estudioso que diz; Tudo o que não se movimenta, adoece e tudo que adoece, morre.
Mas se olharmos num dicionário qualquer, até mesmo no google diz o seguinte: VIDA É EXISTÊNCIA, vem do latim vita que significa existência. Vida é compreendida no memento em que nasce até o momento da morte. O período do nascimento à morte. E esse período é a sua existência. Ela é única, como falou o Leandro, se referindo a oportunidade única. Eu jamais conversei com alguém que disse estar em segunda vida, a não ser pessoas com experiência de quase morte e tem um nova oportunidade de viver, porém ainda assim é somente uma vida. Você só tem uma única vida! Ela está inteiramente sob a sua administração, claro que existem as fatalidades que fogem ao nosso controle com acidentes ou eventual doença. Mas no geral você é o dono da sua vida. Então você decide o que vai fazer com sua existência.
-“ Mas eu que sou tão jovem, não sei de tudo e como vou dar conta da minha vida?”
Bem, quando a comunidade Paz e Bem, propõe para a juventude, um acampamento como esse, não é pra dizer ao mundo, ou ao povo de Cascavel e nem a você que essa é a única chance da sua vida, não é essa a nossa pretensão, porque não queremos abarcar o mundo com as pernas. Só queremos escutar o que Deus diz e por em prática. Quando propomos esse acampamento, foi unicamente para dar a você uma opção de escolha. Porque se você é dono da sua vida, você tem todo o direito de dizer o que quer fazer com ela. Simplesmente uma opção de escolha dentre muitas que você tem. Exemplo: eu poderia estar estudando pra colocar as tarefas da faculdade em dia. Alguns poriam está no quarto desfrutando de um sono maravilhoso ou até mesmo na praia. Poderia estar com sua namorada. O pessoal da Cidade do Mulungú, poderiam estar na Serra. Com o celular jogando ou fazendo nada, mesmo assim é uma escolha, porque você é livre pra isso. Poderia matar alguém ou planejar um assalto ou se levantar agora e sair sem querer mais me escutar, pelo simples fato de ser livre. Só tem um porém, a medida que vamos fazendo escolhas, vamos definindo nossa vida.
Posso no alto dos meus dezessete anos, quando já cursando o terceiro ano do ensino médio, passa um lindo moreno, assim como o Marcelo, eu me apaixono por ele. Era tudo que eu queria. Sabe, eu queria muito fazer medicina, mas a anatomia do Marcelo falou mais forte. Agora desejo esgotar minha vida estudando ele. Nessa hora eu digo: mãe, pai… adeus medicina. Não vou passar os preciosos dez anos me acabando de estudar, quando tudo que eu mais quero agora é o Marcelo. Será que a mãe vai impedir? Ela vai brigar, vai se estressar… eu vou sempre dar um jeito de me encontrar com o Marcelo. Eu nem vou mais estudar os conteúdos, porque meu pensamento vive nele. Ele é a razão do meu viver. O namoro fica quente, já vamos procurando lugares mais escuros e se chegar alguém ficamos enfurecidos. Neste hora o amor falou mais alto e acabou vindo um bebe. –Háaa, mais eu não queria um bebe ele veio sem eu querer-, mas mesmo assim foi uma escolha. Então quando me dou conta da criança começo a dizer: “mas eu queria mesmo era a medicina, eu me enganei na minha escolha. Agora eu quero a medicina.” Mas como a vida é composta de várias escolhas, eu posso até escolher outra coisa, mas não tem como eu apagar a criança. Talvez você vá a uma clinica para matar a criança. Veja só quantas escolhas. Ou seja, a minha vida é a soma de todas as escolhas que eu vou fazendo ao longo dela.
Qual é o meu maior desafio? É fazer escolhas mais acertadas. E como se consegue isso? Tem algo que no ambiente acadêmico se diz ter validade aquilo que passa por um processo de validação científica através de método de estudo científico. Quando a teoria é comprovada pela tese (hipótese). Se isso conseguiu ser replicado por várias pessoas então é válido. Então olhando para isso eu tenho algo que me sinaliza que aquilo que sempre acontece e existe possibilidade de acontecer várias vezes.
Tese: meninas de dezessete anos que resolvem, antes do vestibular, decidem que é importante se relacionar com alguém e deixar esse relacionamento tomar uma proporção enorme, a ponte de até engravidar… Lembrando que os primeiros amores nossos são muito fortes porque você sai da faze em que só recebe, que é a infância. Recebe do pai, da mãe. Olhando a pequena Heloisa, eu fico me segurando pra não desviar minha atenção. Diante dos filhos pequenos os pais viram abestados, basta cantar a canção do dinossauro e ela logo olha. Tudo é dela o mundo é dela o pai é dela a mãe é uma extensão dela, sim a mãe é ela. O mundo é dela e o mundo é ela. De repente a medida que vai crescendo, descobre que a mãe é do pai e não dela, o pai é da mãe e ela não é a mãe. O peitinho que ela mama não é dela é da mãe, então ela começa a entender que o pai é uma pessoa, a mãe é outra e ela é outra, então ela procura saber quem ela é, sabendo que já não possui mais aquela demanda de amor que possuía: caiu, mamãe tá lá. Fez cocô, mamãe está lá. Agora ela escuta: menina tu deste tamanho já deve se limpar só, vá já pro banheiro e ao chegar na adolescência ela vai estar altamente carente de amor. Tudo que quer agora é uma pessoa que a ame. É por essa razão que o primeiro namorado é o sentimento mais intenso de amor, porque vamos com toda força e quer sugar o outro. A gente quer absolver o outro. Por isso que é um momento de muito risco, apesar de não ser culpa sua mas é um momento muito arriscado. Você quer tudo, você dá tudo e em si tratando da sexualidade, descoberta do corpo o prazer então você se entrega e isso vai definindo toda a sua vida.
-“Mas eu tive um filho e continuei minha faculdade normalmente…” como se isso fosse possível ir adiante passando por cima do filho. Você sabe que naquele momento há uma ruptura no processo que deveria ser normal e tranquilo da sua vida. Você atropelou aquilo e lhe causou um dano. Não se trata de pecar ou não pecar, apenas quero salientar que nossas escolhas tem consequências. Como no jogo de ontem quando um grupo pegou a décima quinta pista logo no começo. Tiveram que retornar para o estágio inicial. A vida tem começo, meu e fim e o tempo está passando porque o relógio da vida não para.
Comprovação científica: como um jovem se deixa levar, justamente no momento mais importante de sua vida, que demanda muito amor e que ele se entrega sem que um pai ou mãe chatos fiquem limitando as coisas dando a real. Mas, nada mais chato do que os pais interferindo no primeiro namoro… Diz que o rapaz é maconheiro. Fica dizendo quem pariu Mateus que balance… não vou sustentar vagabundo… se continuar vai pra fora de casa. Isso tudo saindo de uma relação em que tudo a sua volta lhe pertencia e de repente seu pai fala que vai colocar você pra fora de casa.
Comigo, quando eu e minhas irmãs saiamos pra festa e chagávamos de madrugada a nossa mãe bem cedinho colocava um som com as mesmas músicas da festa bem na porta do nosso quarto pra que não dormíssemos e eu falava: minha irmã, nossa mãe não é de Deus não deixando a gente dormir. Ela então falava: vocês não querem ser independentes então precisam trabalhar pra isso. Empurrando-nos para outras escolhas. Isso acontece porque nossos pais tem no mínimo o dobro de nossa idade e já viveu experiências ruins e quer nos ajudar a não passar pelos mesmos erros. É claro que não podemos viver a vida dos nossos pais, mas precisamos escuta-los, porque há uma validação de quem já viveu bem mais do que você. Eles podem falar com conhecimento de causa.
Escolhemos para este acampamento o tema sobre a vida porque tem extrema dificuldades de saber o que é a vida e por conseguinte dificuldade de viver esta vida. Por isso nos jogamos, vivendo de qualquer jeito. E a vida, só tem sentido ser for uma vida que dê vida ou que tenha de fato a essência de vida, que é a vida com Deus. E como é essa vida com Deus?
O que eu entendo, tendo meus 43 anos vividos, sobre o que é vida com Deus eu que tenho pai e mãe:
Deus me deu pai e mãe que cuidaram de mim, me ensinando os primeiros passos, me levou para a escola e fez escolhas que ainda eu não seria capaz de fazer (até os 7 anos todas as escolhas são os pais que fazem, e daí até os 12 fazem escolhas combinando alguma coisa conosco. Depois dos 12 fazemos escolhas só, mas pedindo autorização de pai e mãe, porque ainda não temos condições de arcarmos totalmente com nossas escolhas. Depois dos 18 ai, fazemos escolhas independentes). Obediência aos pais não pode ser tão ruim. Porque parece isso ser tão bizarro, quando um jovem se diz obediente aos pais? Porque?
Vocês sabem de uma informação sobre a saída de alguns membros da comunidade Canção Nova? Um casal conhecido de lá relatou que retiraram os filhos da escola regular porque ensino está contaminado. Bem melhor fazer como os pais de santa Terezinha que a ensinaram em casa, isso é bem mais seguro. Só que ao apresentar isso ao conselho da comunidade, o mesmo discordou e viu que é muito necessário que a criança se socialize em outros ambientes. Sendo assim saíram da comunidade para educar os filhos como acharem melhor porque os filhos são deles.
Mas vejam bem o que nos diz a Palavra de Deus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”( Jo17,15). Se eu entender que a forma que tenho de preservar a “Sabrina” é impedindo que ela tenha qualquer contato com o mundo, já comecei totalmente errado o meu pensamento e já estou até contra a Palavra. Porque o mundo tem escola, tem festa, tem trabalho, o mundo tem desilusão, violência, tem prostituição… o mundo tem tudo isso. Eu não posso fazer uma redoma e colocar a “Sabrina” dentro para preserva-la do mal. Porque se eu fizer isso, não estou dando a minha filha a vida que Deus me deu para que eu dessa a ela como mãe. Eu tenho que prepara-la sim. Como a didática desse retiro. Quando sairmos daqui, você vai estar numa situação um pouco semelhante. Digamos que você entre em uma empresa e precise passar por alguns processos se quiser atingir algum outro cargo. Então você que tem amizade com o responsável, combina que você pule todas as etapas e os outros candidatos nem saibam que estão sendo passados para trás pelo fato de que você irá ocupar a função direto. Neste momento, você vai recordar deste retiro, das normas que dizia sobre a necessidade de si passar por todas as pistas na sequência exata e caso tenha encontrado um pista mais avançada, precisar deixa-la no lugar e buscar a pista anterior, para não atropelar a prova e perder a noção do que se está fazendo. Eu posso ir passo-a-passo ou, na tentativa de ser o “bam bam bam” pular as etapas para chegar primeiro roubando. Nesta hora, o que foi vivido aqui, vai iluminar minha ação na empresa.
Por isso é que o acampamento é uma forma que temos de preservar a nossa juventude do mal e que estamos livres para estarmos aqui ou não. É uma forma de nos preparar para a vida. Então, quando eu tiro o meu filho do ambiente escolar, o que eu estou fazendo? Eu não estou preservando o meu filho do mal, eu na verdade estou colocando em cheque a educação, o amor que tenho dado a ele. Porque chegará a hora em que será o “Leandro” e ele mesmo em algumas situações. Quem aqui já teve oportunidade de experimentar drogas? Quem já passou pela situação de lhe oferecerem algo ilícito? Neste momento, seu pensamento lhe remete a: “a minha Mãe morreria de vergonha. Meu Pai não me ensinou isso e eu não preciso. Existem estudos sérios de que quem experimenta tem sérios problemas para sair”. Isso é preserva-los do mal. É pra isso que existe o acampamento, é pra isso que existe pai e mãe. É assim a vida em Deus. Tem gente que pensa que vida em Deus é estar com braços levantados em oração, se emocionando… Claro que é importante, mas não é só isso.
Aqui é um lugar de escolha. De fazer a coisa certa com chances de acertar. Desejo partilhar algo pessoal com vocês: Eu fiz tudo que alguém que ama faria por seu irmão que precisa de ajuda para que ele tenha a chance de fazer escolhas certas. Eu não posso escolher por ele, mas posso dar sinais que o ajude a fazer escolhas certas. Eu mesmo fiz um cofrinho e juntei dinheiro para trazer esse irmão para o acampamento. Tinha até um pouco mais do necessário, mas no dia exato ele veio me dizer que não ia. Fiquei triste e falei que não havia problemas porque eu colocaria outro jovem. Sei que temos provas suficientes que aqui os jovens têm essa chance e muito mudaram suas vidas. Aqui tem quem entrou como criança e hoje é professor e diversos outros bons exemplos. Essa desistência dele me trouxe uma tristeza tão profunda e até me questionei -“meu Deus a gente faz tudo por alguém e essa pessoa não quer…” nessa hora ouvi Deus me falar: “do jeito que fiz com você”. – Do jeito que Tu fez comigo? Então recordei que ao entrar no meu quarto diante da imagem de Nossa Senhora das Dores, fui revendo quando tinha meus 16 anos que as pessoas fizeram tudo por mim, para que eu entrasse mais cedo nos caminhos de Deus. Eu entrei com 17 anos e me julgo uma velha. Poderia ter sido bem mais nova. Mas eu me comprometia e na hora de ir desistia. Não que minha vida fosse das piores até pensei que fizesse coisas erradas mas não. Eu só estava afastada dEle. Deus sempre insistiu comigo.
Quando cheguei aqui no retiro, me veio outra palavra: Tua mãe, teus irmãos, tua família, são aqueles que escutam a Palavra e a põe em prática. Então eu olhei pra vocês! Naquela hora percebi que meu irmão eram todos vocês que escolheram estar aqui. Eu sabia que tinha de recobrar as forças, engolir o choro, olhar pra vocês e me alegrar. Então eu perguntei pra Deus (porque é assim que me relaciono com Ele) E aí como é que fica meu irmão Luan? Ele me respondeu: “com o Luan, vou continuar fazendo as coisas que eu sempre fiz, vou continuar amando e mostrando pra ele que existe outra escolha. Não foi dessa vez, mas vou continuar insistindo”.
Porque esta vida aqui só Deus pode dar e se só Ele pode dar, somente por meio dele que se pode experimentar. Ele é a vida mas não obriga ninguém a querer a vida. Ninguém é forçado a aceitar. “ Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20).
Eu pressuponho que você aqui escolheram a vida, porque escolheram está aqui. Por isso que dizemos que quem está aqui, está com Deus. Não é que Deus não se manifeste em outros lugares, mas é que você fez a escolha de estar aqui e você escolheu a vida. Aí quando escolhemos a vida, a vida abraça a gente, ama a gente, cuida da gente, a vida envolve a gente. A vida dá a vida e dá sentido a vida da gente, quando a escolhemos. Mas em algum outro momento ele vai nos alcançar. Todos as formas. Das maneiras mais absurdas, Ele não para de tentar.
Teve um jovem aqui que me relatou que quando ofereceram maconha pra ele, na hora ele lembrou de uma pregação em que falava da necessidade de sermos viciados em Jesus. Nesta hora ele solta o cigarro de maconha e corre pra Deus. Que forma mais inusitada de Deus se manifestar para um jovem.
Quando preservamos vocês do mal, na verdade estamos dando elementos para que, na hora do perigo, da prova, tenham como se livrar destas situações. Terão maturidade para estarem no mundo fazendo escolhas melhores.
Luisa Regiolani – C0-fundadora da Comunidade Paz e Bem