Seguimos a Jesus

EFC-ABR 20 2023 seguimos Je

João 3,31-36

 “O que crer no Filho tem vida eterna”

O texto de hoje fala da validade e autoridade que tem o ensinamento de Jesus a Nicodemos. Trata-se, pois, de um convite à obediência às Palavras de Jesus: Crer no Filho para que tenha vida eterna (3,36).

A validade e autoridade de Jesus para falar de Deus se fundamentam em três realidades:

  1. Vem do céu: O que vem do alto está acima de todos” (v.31).

Jesus procede da comunhão eterna no seio do Pai e veio ao mundo para “contar-nos” o que tem vivido nessa amorosa intimidade (1,18). Por esta razão é um testemunho direto do que ensina.

Ele não é como os demais mestres da terra que transmitem o que, por sua vez, receberam por meios escolares. Por vir do céu, Jesus “dá testemunho do que tem visto e ouvido” (v.32).

  • Deus o tem autenticado com a unção do Espírito Santo:

O que aceita seu testemunho certifica que Deus é veraz; porque aquele a quem Deus enviou fala as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida” (v.33-34; 1,33)

  • Deus colocou em seu Filho esta responsabilidade: O Pai ama ao Filho e colocou tudo em sua mão” (3,35).

Por trás do amor do Pai ao Filho está, também, o amor à humanidade. Portanto, é preciso aceitar a mensagem-testemunho de Jesus. Não há desculpas para não fazê-lo.

O ensinamento de Jesus tem validade, uma validade que se constata por demais em sua eficácia: “O que aceita seu testemunho certifica que Deus é veraz” (3,33).

Jesus é a “verdade” encarnada de Deus (termo que em João traduz o hebreu “emet”, que descreve a fidelidade de Deus com seu povo).

A responsabilidade do homem é grande: aceitar Jesus é entrar, em seguida, nas relações com Deus que lhe levam à participação plena de sua vida. Não fazer isto é se autojulgar e se excluir da vida.

Aprofundemos com os nossos pais na fé:

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir

O Filho revela o Pai

Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer” 

Desde o começo, é o Filho quem revela o Pai, porque Ele está junto do Pai desde o começo.

No tempo fixado, foi Ele quem deu a conhecer aos homens, para proveito destes, as visões proféticas, a diversidade das graças, os ministérios e a glorificação do Pai, tudo como uma melodia bem composta e harmoniosa.

Com efeito, onde há composição, há melodia; onde há melodia, há tempo fixado; onde há tempo fixado, há proveito. Foi por isso que, para proveito dos homens, o Verbo Se fez dispensador da graça do Pai, segundo os Seus desígnios.

Ele mostra Deus aos homens e apresenta o homem a Deus, preservando a invisibilidade do Pai, com receio de que os homens venham a desprezar a Deus e para que eles tenham sempre progressos a fazer, ao mesmo tempo que torna Deus visível aos homens de numerosas formas, com receio de que, totalmente privados de Deus, eles acabem por se esquecer da Sua existência.

Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus.

Se a revelação de Deus pela criação já dá a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo dá a vida aos que vêem a Deus!

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