As discípulas de Jesus (EFC)

Lucas 8,1-3

Jesus era acompanhado e ajudado por mulheres, inclusive financeiramente. Precisamos reconhecer o importante papel feminino na construção do Reino de Deus.

Lucas nos apresenta logo após o relato maravilhoso que lemos ontem, um resumo do que Jesus realizou com muita frequência: como muitas das mulheres que experimentaram sua misericórdia na cura e no perdão, se converteram em suas discípulas e o seguiam junto com os doze.

Chama à atenção a presença das mulheres nas viagens missionárias de Jesus. Para nós hoje é normal, do começo ao fim são a maioria nas Igrejas, porém não era assim no tempo de Jesus. Por isso a presença de mulheres no grupo de discípulos, membros ativos da escola de Jesus é um sinal da Boa Nova do Reino.

Entrando lentamente no texto, notemos que as mulheres:

  • Estavam com Jesus igual aos doze. Sua lealdade ao mestre persevera até o Calvário (23, 49.55);
  • Algumas “haviam sido curadas de espíritos malignos”. O mesmo que se diz de todos 6,18; 7,21;
  • Uma delas, Maria Madalena, havia sido libertada de sete demônios. Alguns intérpretes consideram que se trate provavelmente de uma referência a diversas enfermidades mentais. O número sete que na Bíblia expressa plenitude parece indicar ter passado por uma situação repetida (11,26);
  • Outra delas, Joana, vinha do mundo palaciano de Herodes, adversário de Jesus (Lc 13,31-32);
  • Todas elas apoiavam a missão de Jesus pondo seus bens ao serviço do Mestre. O verbo utilizado aqui é “diácono”, termo técnico no Novo Testamento para descrever o serviço eclesial. Daí se deduz que se tratava de um serviço de não pouca importância.

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