ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A cura do filho de um soldado
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João 4,43-54
”O processo de amadurecimento na fé
Estando em Caná, um funcionário do rei, ao inteirar-se que Jesus está ali, “foi até ele e o rogava que descesse para curar sua filha, porque estava a morrer” (4,47).
- Fé no poder que Jesus tem para curar: “Foi até ele” (4,47). Este homem tem fé no poder que Jesus tem de curar e confia nele: “… e rogava que descesse para curar a seu filho…” (4,47). É evidente que, para este funcionário real, era indispensável a presença de Jesus para que seu filho pudesse ser curado; nos confirma isso, uma outra expressão que dirá mais adiante: “Senhor, vem, antes que meu filho morra” (4,49).A primeira resposta que Jesus lhe dá é: “Se não vêem sinais e prodígios não crêem” (4,48). Não é uma reprovação, mas um convite a dar um passo maior na fé, ou seja, a abrir-se ao Mistério de Jesus. De fato, a reação do funcionário nos indica que ele não a tomou como reprovação, mas lhe motivou a insistir, com mais fé, em sua súplica ao Mestre: “desce antes que meu filho morra” (4,49).
- Fé na Palavra de Jesus: Jesus lhe disse: “Vai-te, que teu filho vive” (v.50). Notemos que Jesus não lhe disse “teu filho viverá”, como que fazendo uma promessa, mas: “teu filho vive”, ou seja, como uma realidade. Jesus pronunciou a palavra criadora que cura, tendo ido muito mais além do que o homem pedia: curou à distância o seu filho. Não foi preciso sua presença para realizar o sinal, bastou o poder de sua Palavra.A palavra de Jesus tem o poder de dar a vida, Jesus é o Senhor da vida, o Deus da vida, não só da vida física, mas, sobretudo da vida que não passa, a vida eterna, a vida divina (ver 6, 27.35). “Acreditou o homem na Palavra de Jesus” e se pôs a caminho (v.50). Acreditou na Palavra de Jesus! Não insistiu na necessidade de sua presença. Não foi Jesus quem desceu até Cafarnaum, mas o Pai do menino que, apoiado unicamente na Palavra, entrou no mistério de Jesus.
- Fé na Pessoa de Jesus: entrada no mistério. E quando os servos vieram a seu encontro para informar-lhe que seu filho se encontrava vivo, não se detêm na alegria da cura, mas pergunta “a hora em que o menino havia sido curado” (4,52). Isto lhe dá a oportunidade de comprovar a relação entre o momento em que Jesus havia pronunciado a Palavra “Teu filho vive” e o efeito produzido no menino.