Adultério e Divórcio (EFC)
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Mateus 5,27-32
Jesus continua nos educando na “justiça” do Reino, refletindo na vida a luz que provem de um coração impregnado pelas bem-aventuranças.
Pela fidelidade à pessoa que se ama, tudo o mais deve passar a um segundo plano. Recordemos que o ponto de vista que aqui se aborda é de quando a solução está nas mãos de um. Vejamos como se aplica.
1. O adultério (5,27-30)
É interessante notar que um ambiente cultural que considerava a mulher como “perigosa” para o varão, porque supostamente incitaria a maus pensamentos, Jesus se pronuncia sobre a atitude deste: “Quem olha a uma mulher desejando-a…” (5,28ª). Em outros termos: o problema não está na mulher, mas no olhar malicioso do homem, quer dizer, em seu coração (“Já cometeu adultério…no coração”, 5,28).
2. O divorcio (5,31-32)
Com a própria esposa é possível que se presente algum dia uma dificuldade. O novo caso que descreve Jesus é extremo: quando já não é possível manter a relação. De novo a iniciativa é do varão e não da mulher: se deixa entrever uma decisão unilateral, motivada – talvez – pelo desejo de desfazer a relação primeira e estabelecer outra que se acomode mais a seus interesses pessoais.
Tanto aqui, como no caso anterior, Jesus passa a defender a vida e o direito da mulher. Se a mulher era “repudiada” não podia voltar a casar e se o fazia caía em adultério (5,32). Isto é o que Jesus adverte: o marido que toma uma decisão deste tipo – para o qual lhes ajudavam os advogados-rabinos a buscar a qualquer causa – arruína a vida de sua mulher. Ainda mais, Jesus admite em um caso específico a possibilidade do fracasso matrimonial (disse: “exceto o caso de fornicação”, 5,32), o que importa ante todo é que o discípulo está chamado a levar de maneira diferente a vida de seu lar.