ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: Ofereço ao Senhor melhor de mim.

João 12,1-11

“Ungiu os pés de Jesus e secou-os com seus cabelos”

O evangelho de hoje é uma excelente porta de entrada no mistério pascal de Jesus, ao modo de João. Junto à melodia aguda do amor se faz sentir o contraponto do desamor que rejeita a Jesus. Hoje os amigos oferecem uma ceia a Jesus, mas, logo será Ele quem a oferece e o dom maior será Ele mesmo.

Maria, irmã de Lázaro derrama um perfume nos pés de Jesus e enxuga com seus cabelos. Seu custo é de “trezentos denários”(v.5), que é o equivalente a trezentas jornadas para quem trabalha no campo. Na precária economia da época era muito dinheiro!  O de Maria é um amor agradecido que se transborda completamente.

Ela, ofereceu o melhor que tinha, ou porque não dizer, tudo o que tinha e derramou aos pés de Jesus.

Judas repreende-a porque vê em seu gesto um desperdício, isso porque é mesquinho e é incapaz de amar. Os sumos sacerdotes são incapazes de crer, ainda ante à evidência. O medo de perder os privilégios se converte então em inveja e esta se torna rejeição, intolerância e paranoia, ante a todo que fale de Jesus. O fechamento é total. É assim como em torno a Jesus surge o conflito entre os que amam e buscam a vida e os que só pensam em tramar acusações, ciladas e morte.

Ante a força da amizade belamente descrita neste texto, se revelam, também, os segredos, os motivos ocultos da mesquinhez, da superficialidade e da maldade humana. Este é o pecado: não querer deixar-se interpelar, nem chamar, nem transformar pela linguagem do amor de Jesus.

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