Tudo pertence ao Senhor (EFC)
Podcast: Play in new window | Download
Subscribe: Google Podcasts | RSS
Marcos 12,1-12
“Mandou um criado a pedir aos trabalhadores a parte da colheita”
Novamente Jesus toma a palavra e desta vez o faz por meio de uma parábola bastante conhecida: a dos lavradores malvados. Jesus apresenta o personagem central da parábola: “Um homem” e provávelmente dono de extensões de terra.
Descreve-nos, a continuação, muito bem, a atividade deste homem que “plantou um vinhedo, preparou um lugar onde fazer o vinho e levantou uma torre para vigiá-lo”. Vemos um homem ocupado em preparar sua vinha e muito seguramente pensando já nos frutos que lhe possa dar.
Este homem devia partir; então arrenda a vinha a uns vinhateiros e se foi confiando no bom trabalho e nos frutos que daria a vinha, pois havia sido bem semeada.
Passa o tempo e o homem, calculando que já era o tempo dos frutos manda sucessivas missivas a recolher a parte que lhe corresponde. Porém a coisa não era tão fácil. Já os arrendatários, por assim dizer, haviam se apossado da vinha e por conseguinte de seus frutos.
As agressões feitas aos mensageiros enviados aumentam:
- Ao primeiro o golpeiam e o mandam com as mãos vazias. (v. 3)
- Ao segundo feriram na cabeça e o insultam. (v.4)
- Ao terceiro o matam. (v.5)
As tentativas do dono da vinha por receber seus frutos são vãs. E um a um de seus servos recebem o atropelo dos lavradores malvados. Porém o homem não se rende. Ainda lhe resta outra oportunidade. Tem seu amado filho. Pensa que precisamente por ser seu filho o respeitarão e enviarão com ele a parte que lhe corresponde.
Porém não pensavam assim esses lavradores. A todo custo querem apossar-se de tudo e que ocasião mais propicia podiam encontrar? Esse era nada menos que o Filho, o herdeiro. Se o tirassem do caminho eles seriam os herdeiros. E assim o fizeram. O matarão.
A este ponto, Jesus, lança uma pergunta como querendo questionar a seus interlocutores: “E que crêem vocês que fará o dono da vinha?” (v.9).
E sem deixar espaço à resposta ele mesmo acrescenta: “Pois virá e destruirá os lavradores e entregará o vinha a outros” (v.9). É uma conclusão obvia. Se não se encontra resposta por parte deles, o farão outros que respondam melhor.
Esta parábola nos traz elementos que podemos identificar claramente confrontando com a realidade de Israel e com nossa própria realidade. Deus Pai é o dono da Vinha, que a tem preparado e a entrega nas melhores condições, assim nos apresenta João em seu evangelho: “Meu Pai é o agricultor” (15,1).
A vinha é o povo de Israel. Essa vinha Deus tem entregado a uns lavradores. Os chefes que um a um tem passado e a tem governado. Alguns responsavelmente, a outros aproveitando ‘o quarto de hora’.
Porém ainda há um personagem que diríamos central: o Filho amado enviado pelo Pai e que, desafortunadamente, não acorreu com boa sorte.
Esse Filho é Jesus, enviado pelo Pai para nossa salvação. Para receber os frutos ao seu tempo e converte-los em certeza de salvação eterna.