Adorar e servir (EFC)

Evangelho (Lc 10,38-42)

Em Casa de Marta e Maria existe o serviço e a contemplação. Inspirados nesse episódio vamos falar um pouco sobre uma história similar: Francisco era evangelizador e Clara contemplativa.

O texto que segue é do vocacional I da Comunidade Paz e Bem –

E assim realizou-se também o sonho de Francisco: Viver uma vida contemplativa.

            Adorar! Esse foi o único sonho de Francisco. O resto era acessório. Dizia sempre aos irmãos: “trabalhem, mas não deixem que o trabalho matem o espirito de oração e devoção.”

            Adorar! Essa era a tarefa primordial: proclamar a primazia de Deus.

            A adoração suprema é o holocausto. Nos velhos tempos, havia sacrifícios e holocaustos. No sacrifício, a rez era imolada e oferecida a Deus. Mas sua carne era aproveitada pelos levitas e os servidores do templo.

            Nos holocaustos, em vez, depois que os bezerros eram imolados, eram imediatamente queimados por completo, incinerados. Assim a saborosa carne não era comida por ninguém. Essa “inutilidade” era a mais alta expressão de adoração, porque demonstrava a supremacia de Deus, isto é, que Deus, só por ser Deus, merece que lhe dediquemos qualquer bem, sem nenhuma outra utilidade.

            Esse era o significado de Clara em São Damião. Não fazia catequese, não servia os leprosos, não pregava a Palavra. É uma vida “inútil”, que não serve para nada, justamente por isso, sua vida contemplativa era a mais alta adoração, porque demonstrava que Deus é tão grande que vale a pena dedicar-lhe a vida, sem nenhuma utilidade prática.

            Sua vida foi tão “inútil” como o incenso que se queima no altar.

            Resumindo: Clara realizou o sonho dourado da alma de Francisco: ADORAR!

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