ENQUANTO FAÇO O CAFÉ: A traição de Judas

Quando colocamos o dinheiro acima de tudo, somos capazes das piores traições.

O evangelho de hoje enfatiza o tema da traição de Judas, segundo a versão do evangelista Mateus. Também aqui, em três cenas seguidas, aparece a progressiva entrada na Paixão:

1ª cena: O pacto de Judas com os sumos sacerdotes para entregar Jesus (v.14-16);

2ª cena: A preparação da ceia pascal (v.17-19);

3ª cena: O começo da ceia, em cujo contexto Jesus revela a identidade do traidor (v.20-25).

Mateus mostra o lado obscuro do seguimento de Jesus, o traidor potencial em que pode transformar-se todo crente que se encontre frente a um momento crítico.

No diálogo de Judas com os sumos sacerdotes, se denuncia que o dinheiro era uma das motivações da traição: “Que me dareis, se eu o entregar?” (v.15ª).

Mateus dá um exemplo concreto do poder corruptor da riqueza. Precisamente sobre este ponto, os discípulos haviam sido instruídos no Sermão da Montanha (6,19-21.24). Uma ilustração da importância do tema para o discipulado foi à cena do jovem rico e as palavras de Jesus que lhe seguiram (19,23). Portanto, os discípulos não devem andar preocupados com bens materiais, antes de tudo, devem buscar “primeiro seu Reino e sua justiça” (6,34).

A avidez de Judas pelo dinheiro o leva a abandonar o único tesouro pelo qual valia a pena dar a vida.  Assim, guiado por suas próprias motivações, Judas toma uma decisão livre: rejeita o Evangelho e escolhe o dinheiro; isto o conduzirá a um destino terrível (v.24).

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